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Aborto é resposta ilegítima ao vírus Zika, defende Santa Sé
19/02/2016 07:10 em Canção Nova

 

“A promoção de uma política assim radical é a confirmação de um fracasso da comunidade internacional em deter a difusão da doença”, diz dom Auza

Da Redação, com Rádio Vaticano

O Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, Dom Bernardito Auza, solicitou em uma reunião na sede da ONU que todos os governos colaborarem na luta contra o vírus Zika. Ele pediu que seja possibilitado o acesso à tratamentos adequados das pessoas infectadas, evitando a propagação do pânico e sobretudo, evitando a prática do aborto. 

A reunião, convocada pelo Presidente do Conselho Econômico e Social da ONU, aconteceu na última terça-feira, 16, para tratar da questão do vírus.

Não abandonar as faixas mais vulneráveis

O arcebispo exortou que os pobres não sejam abandonados, especialmente os anciãos, as crianças e os deficientes.

Para ele, a suposta ligação entre o vírus Zika e patologias nos fetos, representa uma grave preocupação a mais, que merece uma ação concentrada da comunidade internacional. “São necessárias mais pesquisas para determinar a ligação entre o vírus e a microcefalia e a Síndrome de Guillain-Barré”.

Adequada vigilância e não pânico

Referindo-se ao recente chamado por parte de alguns expoentes de governos e também do Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, para liberar as leis sobre o aborto e o acesso à medicamentos abortivos, como instrumento de prevenção de nascimento de crianças doentes, o arcebispo disse que é necessária “uma adequada vigilância” e não o “pânico”.

Aborto, resposta ilegítima

Dom Auza defendeu que o aborto é uma resposta ilegítima a esta crise. “Colocar fim à vida de uma criança, de forma alguma é uma resposta ‘preventiva'”.

“A promoção de uma política assim radical é a confirmação de um fracasso da comunidade internacional em deter a difusão da doença e desenvolver e fornecer os tratamentos médicos dos quais tem necessidade as mulheres grávidas e as suas crianças, para evitar patologias no nascimento ou atenuar os seus efeitos e levar a gravidez ao seu fim”.

Salvaguardar a vida humana

O prelado concluiu seu pronunciamento, evocando o dever de salvaguardar toda a vida humana, sã ou deficiente, com o mesmo compromisso, não deixando para trás ninguém.

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