“Quais as diferenças entre manteiga e margarina?” – com certeza, essa é uma das clássicas perguntas que já passou pela cabeça de quem está explorando o mundo culinário. Mas, ao contrário do que muitos pensam (já que elas são bastante semelhantes), ambas apresentam diferenças quanto à textura, sabor e, principalmente, qualidade nutricional.

Antigamente, muitos acreditavam que a margarina era mais benéfica por ser uma gordura de origem vegetal. Porém, os tempos mudam e muitas coisas antes considerada saudáveis já não são mais! Atualmente, quando comparadas, pode ser que você já não tenha a mesma certeza de anos atrás. Vem com a gente ver como a manteiga e a margarina podem ser tão diferentes, mesmo sendo tão parecidas.

Conte-me mais sobre a manteiga

A manteiga deu largada no mercado antes da margarina. Feito de origem animal, o leite de vaca (ou de cabra, ou ovelha) passa pela desnatação, separando a parte sólida da líquida. Após isso, obtém-se a nata (sólida), sendo batida e passando por altas temperaturas no processo de pasteurização, de forma a eliminar possíveis bactérias e preservando a qualidade do alimento.

Ou seja, todo o processo demanda uma grande quantidade de leite para se obter a nata que formará a manteiga, o que também foi um dos fatores que incentivaram a criar a margarina. A produção da manteiga é mais simplificada, já que a gordura tem origem animal. Vale lembrar que os sabores e qualidades das diferentes manteigas são resultados de cada tipo de criação e alimentação dos animais fornecedores do leite.

Porém, vale lembrar que a manteiga contém gorduras saturadas e colesterol.

Desvendando a margarina

Com o passar dos anos (e os boatos), a margarina foi substituindo o lugar da manteiga na mesa. Apesar de parecidas, sua produção é bem diferente da manteiga. O contraste se inicia já na sua produção, na qual a manteiga é obtida de forma natural, e a margarina, por um processo industrial. O processo de hidrogenação consiste em adicionar artificialmente moléculas de hidrogênio à gordura, tudo em altas temperaturas.

Como na maioria dos produtos industrializados, químicas são adicionadas para que a margarina ganhe consistência, sabor, além de durabilidade maior. Porém, isso é possível graças às gorduras trans – apesar de muitas marcas terem reduzido (ou eliminado por completo) a taxa de gordura trans que é prejudicial à saúde.

Quem ganha: manteiga ou margarina?

Passando por processos diferentes, compreende-se que a manteiga é menos prejudicial ao organismo quando comparada à margarina. E isso pode ser justificado pelos seus componentes: enquanto a manteiga possui gorduras saturadas e calorias, a margarina possui gordura trans – maligno para nossa saúde.

Mas você deve estar se perguntando “mas oras, gorduras saturadas e calorias também fazem mal, não?”. Aí é que entre o velho e clássico bom senso. Sempre é bom comer com moderação, afinal, todo e qualquer tipo de excesso pode ser prejudicial. Gorduras saturadas e colesterol em excesso podem ser prejudiciais. Por isso, nada melhor do que utilizar um alimento, mas mantendo o controle – nada de besuntar o pão com manteiga escorrendo pra todos os lados, hein!

Afinal, você pode apreciar aquele pãozinho quente com manteiga (mas na medida certa)!

Outras opções mais saudáveis de gordura

A margarina e a manteiga não são as únicas opções de gordura. Você pode utilizar fontes mais saudáveis, tais como azeite, óleo de coco, ou até mesmo a manteiga ghee – esta que você pode fazer até aí mesmo, na sua casa. Oleaginosas e frutas como coco e abacate também são ótimas fontes de gordura boa.

Posso substituir a margarina pela manteiga – ou vice versa – nas receitas? 

Como já dissemos, a o tipo de gordura faz toda diferença no resultado final: a manteiga com a gordura animal e a margarina, com a vegetal. Isso implica em sabores, texturas e qualidades nutritivas diferentes. Sendo assim, elas também acabam reagindo de formas adversas nas receitas.

Por isso, o ideal é seguir o que os ingredientes certinhos da receita.

Pão com manteiga é uma dupla irresistível e deliciosa – mas claro, com moderação!